A advocacia como pilar na garantia dos direitos das pessoas com autismo


11/04/2025 às 19h42
Por Dr. Riuri Pullig – Soluções Jurídicas

O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento, caracterizado por manifestações comportamentais como déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.

Embora haja uma gama de sintomas que variam amplamente, deve ser destacado que a pessoa com autismo possui um grande potencial de desenvolver habilidades únicas. Entretanto, o diagnóstico precoce e o acompanhamento adequado são cruciais para potencializar o desenvolvimento e a qualidade de vida. Nesse contexto, a advocacia desempenha um papel crucial na defesa e na garantia dos direitos, assegurando que as legislações existentes sejam efetivamente aplicadas e respeitadas. 

 

Legislação e Direitos

1. Lei Berenice Piana (Lei nº 12.764/2012)

É uma lei federal, que foi um marco na luta por inclusão e reconhecimento das pessoas Transtorno do Espectro Autista (TEA), incluindo:

    - Diagnóstico Precoce

    - Atendimento Multiprofissional

    - Prioridade no Atendimento

    - Educação Inclusiva, entre outros direitos.

 

2. Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015)

O estatuto reconhece o autismo como deficiência e estabelece determinados direitos:

    - Acessibilidade, com adequações em ambientes físicos e digitais.

    - Estudar na rede de ensino, pública ou privada, com apoio de um auxiliar.

    - Inclusão no Mercado de Trabalho.

    - Prioridade em Programas de Assistência Social, com acesso a benefícios sociais.

 

Além disso, o Estatuto da Pessoa com Deficiência reconhece o autismo como uma deficiência e estabelece direitos que vão além da saúde, incluindo a acessibilidade em ambientes físicos e digitais, a inclusão na educação e a inserção no mercado de trabalho. A advocacia atua para assegurar que as instituições de ensino cumpram suas obrigações legais, proporcionando um ambiente inclusivo e adaptado às necessidades dos alunos autistas. Isso pode incluir a solicitação de apoio de auxiliares e a implementação de adaptações curriculares.

Outro aspecto importante da atuação da advocacia é a defesa dos direitos sociais das pessoas com autismo. Muitas vezes, essas pessoas e suas famílias enfrentam dificuldades para acessar benefícios sociais e programas de assistência. Advogados podem intervir para garantir que esses direitos sejam respeitados, ajudando a promover uma qualidade de vida digna e igualitária.

 

Conclusão

É verdade que a conscientização sobre o autismo continua a crescer, consequentemente seus direitos estão cada vez mais protegidos por legislações e políticas inclusivas. Entretanto, a efetividade dessas leis depende da atuação diligente da advocacia que representa um agente de mudança social, promovendo a inclusão e a valorização das habilidades únicas que as pessoas autistas podem oferecer à sociedade.

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