Sobre as não linearidades da vida. O acaso e nosso cérebro.


14/05/2020 às 16h01
Por Aline Almeida de Carvalho

Hoje ouvimos e aprendemos muito na base das explicações remodeladas, engendrado por nossas mentes iludidas, aprendemos a fazer mais declarações do que a própria mensagem que pretende comunicar, a arraigada insegurança intelectual esta predestinada a provocar aqueles que se levam a sério demais e levam o valor do seu conhecimento a sério demais, cultivar essa insegurança no lugar de uma confiança intelectual talvez seja um objetivo estranho porém é preciso se libertar da tradição das certezas intelectuais.

Fechamos a mente ao optar por seguir o modelo de pensamento formal, é preciso ter coragem para permanecer cético, é preciso uma coragem desmedida para ser introspectivo, para enfrentar a si mesmo, para aceitar as próprias limitações, temos uma tendência significativa de nos enganarmos.

A probabilidade é a aceitação da falta de certeza de nosso conhecimento e o desenvolvimento de métodos para lidar com nossa ignorância nesse quesito não faz parte de nossos hábitos de vida, isso consiste na diferença de mundo e em parâmetros evolutivos que nem sempre são significativos e visíveis ao ser humano que permanece e insiste em um estado natural e lógico das coisas, na aleatoriedade dos especialistas, as pessoas bem sucedidas muitas vezes são apenas sortudas.

O acaso sempre favorece a quem se prepara, fazer atividades com afinco, ser pontual, ter uma boa aparência pessoal, contribuem para esse favorecimento, a persistência, obstinação e perseverança são necessários, as aptidões contam para deduzir que o acaso não desempenha um papel relevante para o sucesso porém a sorte é democrática e atinge a todos, assumir riscos é necessário para todo o sucesso e imprescindível para o fracasso, uma pequena minoria de pessoas podem se tornar bem sucedidas por pura sorte.

A sorte disfarçada e encarada como não sorte, o acaso disfarçado e encarado como não acaso é tido como a possibilidade de alguém se beneficiar por uma porção desproporcional de sorte e muitas vezes esse fenômeno é atribuído a pessoa como a conquista do seu sucesso e isso acontece em áreas que a gente menos espera, subestimamos a influência do acaso em quase tudo.

Nossas emoções são iludidas pelo acaso porém nosso cérebro não, um sucesso razoável pode ser explicado por habilidades e trabalho, um sucesso inacreditável é atribuído à variância, nenhuma vida é tão transparente como apresenta ser, existe um segredo em cada um de nós que sempre é desvendado com o tempo.

Será que podemos julgar o sucesso das pessoas apenas por seu esforço e desempenho, devemos analisar o papel da sorte que por muitas vezes não é levado em consideração , temos uma grande resistência ao acaso e esse ponto de vista parece ser emitido apenas por pessoas que fracassam ou que talvez nunca mudou seu modo de pensar.

Inúmeras possibilidades viáveis existem, o mundo se divide em muitos mundos, um para cada possibilidade diferente, o grau de resistência ao acaso na vida é uma ideia abstrata, sendo parte de sua lógica algo que vai contra a intuição; para confundir ainda mais a questão, suas realizações são não observáveis.

  • acaso
  • possibilidade

Referências

Iludidos pelo acaso -  Nassim Nicholas.


Aline Almeida de Carvalho

Bacharel em Direito - Salvador, BA


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