PROBLEMAS SOCIAIS E SUA DECORRÊNCIA.


05/09/2015 às 12h27
Por Ivonildo Reis Santos

1 - De que decorrem os problemas sociais?

Os problemas sociais decorem de condutas cuja legalidade ou ilegalidade depende de uma equidade, como formal, artificial e arbitraria na maioria das vezes. A sociedade reprime determinado comportamento quando o mesmo ou em outras situações são considerados como valores ou menos exigidos da sociedade.

O caráter situacional e ao mesmo tempo autoritário do direito se dá em razão do direito ser um sistema positivo composto de valores um fenômeno social que resulta da influencia que os indivíduos exercem sobre os outros. Ao mesmo tempo em que utiliza constatando ou complementando estratégias de caráter situacional que os diversos grupos ou pessoas diferenciados na estrutura pode fazer da realidade pelos seus interesses, valores e preconceitos conforme as experiências de cada um.

Um problema social é algo inseparável da consciência subjetiva pelo entendimento em que nenhum tipo de conduta pode ser classificado como problema social a mesmo que seja considerado como um desvio moralmente considerável por um seguimento determinado da coletividade.

A sociedade vive um histórico distanciamento do Direito e da Justiça. A elitização da linguagem empregada (verbal ou não verbal) é uma das principais causas da segregação do conhecimento jurídico e do acesso à justiça. O trabalho propõe identificar que um dos motivos desse emprego insistente e desnecessário do “Juridiquês” provém da própria conceituação do que é o direito (ciência ou prudência, engajada ou não na dialética social) tanto na visão da sociedade (que não se sente “protegida” pelo direito, desacredita na Justiça e não conhece seus direitos e deveres) quanto para os juristas, advogados, serventuários e estudantes (que monopolizam o conhecimento jurídico e perpetuam o uso de uma linguagem inacessível aos jurisdicionados). Através de uma abordagem sócio-filosófica, semiótica, como também embasada em pesquisa de campo local, o trabalho explica e indica possíveis soluções para que o discurso jurídico seja inteligível e as barreiras para o acesso à justiça e o conhecimento acerca do Direito sejam quebradas

A conduta desviante contribui positivamente nos sistemas sociais, como alerta dos problemas de sua própria organização social. Tornam mais claras a regra a partir de bom sensu e consciência da lei, ofereceu soluções, mas nem sempre, para os problemas típicos que o grupo enfrenta.

Não existe uma única abordagem ou conjunto de proposições capaz de explicar os problemas sociais, mas a maior parte aceitou o compromisso moral. o método é a alma da teoria, distinguindo a forma externalidade com que muitas vezes é abordado o processo de trabalho científico. Esta externalidade se manifesta quando apenas usamos técnicas e instrumentos para chegar ao conhecimento sem entrar no mérito do sentido das indagações ou sem levar em conta os conceitos e hipóteses que as fundamentam. Na verdade a metodologia é muito mais que técnicas. Ela inclui as concepções teóricas da abordagem, articulando-se com a teoria, com a realidade empírica e com os pensamentos sobre a realidade. Enquanto abrangência de concepções teóricas de abordagem, a teoria e a metodologia caminham juntas, interminavelmente inseparáveis.

Enquanto conjunto de técnicas, a metodologia deve dispor de um instrumental claro, coerente, elaborado, capaz de encaminhar os impasses teóricos para o desafio da prática. O endeusamento das técnicas produz um formalismo árido ou respostas estereotipadas. Seu desprezo, ao contrário, leva ao empirismo sempre ilusório em suas conclusões, ou a especulações abstratas e estéreis. Nada substitui, no entanto, a criatividade do pesquisador. Feyerabend, num trabalho denominado Contra o método (1989) observa que o progresso da ciência está associado mais à violação das regras do que à sua observância. "Dada uma regra qualquer, por mais fundamental e necessária que se afigure para a ciência, sempre haverá circunstâncias em que se torna conveniente não apenas ignorá-la como adotar a regra oposta"

Em Estruturadas revoluções científicas, Thomas Kuhn reconhece que nos diversos momentos históricos e nos diferentes ramos da ciência há um conjunto de crenças, visões de mundo e de processos de trabalho em pesquisa consagrados, reconhecidos e legitimados pela comunidade científica, configurando o que ele chama de paradigma.

 

  • Sociologia Jurídica
  • PROBLEMAS SOCIAIS E SUA DECORRÊNCIA.

Referências

IVONILDO REIS SANTOS


Ivonildo Reis Santos

Advogado - Brasília, DF


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