AVARIA
FATORES QUE PODEM AFETAR AS EMBALAGENS
Embalagens:
As embalagens podem ser classificadas como:
Primária ou secundária
I- Embalagem primária: aquela usada para embalar diretamente o produto. Tem a finalidade de dar-lhe forma e apresentação. Identificar o produto;
Esta embalagem pode ser: temporária, ou permanente;
II- Embalagem secundária: aquela que visa juntar várias embalagens primárias.
Proteção da embalagem secundária:
1- Filmes encolhíveis ou esticáveis;
2- Palletes;
3- Containeres.
Fatores que podem afetar as embalagens:
Nos transportes internacionais as mercadorias sofrem variações de temperaturas e de umidade.
Sofrerá também conseqüências em função dos movimentos dos navios.
Movimentos do navio (navegando):
1- Balanço: é o movimento que o navio sofre lateralmente, para BB e para BE;
2- Arfagem ou caturro: é o movimento sofrido pelo navio no sentido longitudinal, provocando movimentos ascendentes e descendentes no sentido proa-popa;
3- Cabeceio: é a movimentação que ocorre com o navio, na sua proa, provocando movimentos alternados à esquerda e direita;
4- Queda livre: rápido movimento para baixo, quando o navio é levantado por uma onda;
5- Deslizamento lateral: rápido movimento lateral quando o navio é levantado por uma grande onda. Esse deslizamento lateral será tanto maior quanto maior for a onda sendo aumentado em extensão pela massa desse navio e podendo ser incrementado pelos ventos e rumo das águas;
6- Deslizamento a vante: rápido movimento para frente, quando descendo uma grande e forte onda. O movimento a vante, do navio, sofre um incremento quando, devido ao seu deslocamento através de suas máquinas e à sua massa, avança mais do que avançaria se estivesse navegando em águas sem fortes ondas. Assim, se navegasse em águas, sem fortes ondas, esse navio avançaria 100 milhas marítimas, mas ao sabor de fortes ondas esse mesmo navio atinge uma distância em torno de 200 milhas marítimas. Esse incremento de 100 milhas é devido a esse deslizamento a vante;
7- Deslizamento a ré: rápido movimento para ré, quando subindo uma grande e forte onda. Se bem observado, com um referencial fixo, veremos que o navio ao subir em uma onda perde distância. Não avança tanto quanto avançaria se navegasse em mar calmo. Ao mesmo tempo em que avança determinada distância através da potência de suas máquinas, percebe-se que ao invés de avançar por exemplo 100 milhas marítimas, avança apenas realmente 70 milhas; logo a diferença entre 100 e 70 (30) se deve ao deslizamento a ré.
Avaria comum ou Grossa.
A avaria exclusiva do transporte aquaviário/marítimo.
Consideremos: valor do navio: U$$ 5.000.000,00 (cinco milhões de dólares)
Valor da carga: U$$ 1.000.000,00 (um milhão de dólares)
Danos causados ao navio: U$$ 570.000,00 (quinhentos e setenta mil dólares)
Danos causados à carga: U$$ 90.000,00 (noventa mil dólares)
Valor para a Avaria Grossa: U$$ 570+90= U$$ 660.000,00
Valores envolvidos dos contribuintes:
U$$ 5.000.000,00+1.000.000,00 = 6.000.000,00
A Avaria representa 11% dos valores dos contribuintes.
Contribuição do navio: U$$ 550.000,00 = 11% do valor do navio; e a carga U$$ 110.000,00 = 11% do valor da carga.
Daniel Gomes