O Ser
Ser é o ente. Ente é o que é. Existe ou pode existir. Ser, neste caso é o ente humano. É sua existência. É a vida.
Ser é coisa que tem realidade no mundo dos sentidos.
Pode ainda ser compreendida como figura, forma, estado, modo de existir. Ser coisifica a natureza; tudo quanto existe.
Ser real é o mesmo que ente real. Ser de razão é o mesmo que ente de razão. Ser supremo, o mesmo que Ente Supremo.
Ser humano pode ser entendido como um hepônimo[1].
O modo humano de ser pode se perceber, sob quatro modalidades básicas: relativo à sua produção, à sua história, à sua revelação e à preservação do ente (presentar-se-com). O que exprime a realidade em contraposição à mera aparência, ou ficção.
A ciência do ser denomina-se ontologia.
Ontologia é um substantivo feminino formado por: onto (que exprime a idéia de ser, ente, indivíduo: ontogênese), mais logo (que exprime a idéia da palavra, estudo). Portanto, ontologia é o estudo e é a ciência do ser em geral.
Diferentemente da fisiologia, a ontologia não liga os fenômenos patológicos aos fenômenos regulares da vida.
Ontologia é a ciência do ser em geral, repetimos. Ontogênese consiste na série de transformações por que passa o indivíduo, desde a fecundação do ovo até o ser formado e perfeito. Portanto, é científico e histórico, este processo.
Ser é mais que suficiente. É estar. É se fazer presente. É impor-se.
O homem, ser humano, é entidade metafísica, que aqui deve ser entendida como a ciência do supra-sensível. Mente “espiritual”.
Sabe-se que a metafísica é a parte da filosofia que estuda a essência dos seres. Metafísica significa estar além da física.
Segundo Aristóteles, são formas da presença do Ser, a physis (como domínio da necessidade) e o ethos (transliteração de duas palavras gregas: ethos com a inicial eta, e ethos com a inicial épsilon). O ethos-eta designa a morada do homem. O ethos-épsilon se refere à gênese do hábito, designa o comportamento que ocorre repetidamente, mas não devido a uma necessidade da physis.
Assim, o ethos-épsilon, se refere à disposição permanente do agente para agir segundo a realização do Bem. A práxis é a mediadora dos momentos constitutivos do ethos.
Ser: passado e presente. Cada ser pensa e sente a seu modo. Este sentir está na direta dependência dos órgãos dos sentidos (fisiológicos). E, há que se compreender, por exemplo, que em qualquer superfície considerada, plana e polida, há muito mais do que o notado por esses sentidos (grosso modo).
Ser é a substância, o que está por baixo, que constitui a base de todas as propriedades e qualidades, não apenas material, mas também imaterial; matéria, tudo aquilo que subsiste por si, em contraposição ao espírito, à mente.
[1] -Hepônimo representação do todo através da palavra. Que dá ou empresta o seu nome a alguma coisa.