O Processo de divórcio quase sempre é rodeado de conflitos, principalmente em relação às questões dos filhos que precisam ser regularizadas e são as mais sensíveis e impactantes.
Visando um melhor desenvolvimento dos menores envolvidos nesse processo, a guarda compartilhada é uma das opções mais aplicadas no judiciário brasileiro.
Mas será que ela é a melhor opção no seu caso?
A guarda compartilhada parte do princípio que ambos os genitores têm direitos e responsabilidades e devem participar ativamente na vida dos filhos, contribuindo de forma igualitária.
Porém, não é isso que se vê na prática, por nem sempre é possível para esse ex-casal proporcionar um ambiente saudável e estável aos menores.
Apesar dos estudos indicarem que a guarda compartilhada pode ser benéfica para o desenvolvimento das crianças, a grande questão aqui fica em relação ao esforço que o genitor guardião exerce e quanto o outro pode contribuir de fato.
Por isso, mesmo que a guarda compartilhada seja determinada no seu caso, é importante que você fique atenta em como ela é descrita na sua decisão. (Leia-se sentença)
Nela deve conter todas as questões que envolvem seu filho, todos os gastos que efetivamente ele necessita que sejam despendidos e também quais as responsabilidades que cada genitor terá na vida da criança.
É importante que todas as atividades sejam elas regulares ou extra regulares (como atividades não previstas no dia a dia) estejam descritas.
Se não houver uma divisão igualitária ou ainda você fique sobrecarregada, é importante recorrer dessa decisão, principalmente se a outra parte não concordar em compartilhar (e aqui você pode entender por DIVIDIR) as responsabilidades.
Se você fica com a maioria das responsabilidades em relação ao seu filho, é melhor optar por uma guarda unilateral com regime de convivência para a parte contrária e alimentos bem definidos.
Se não, é só dor de cabeça pra arrumar depois.
Se você está enfrentando decisões relacionadas à guarda compartilhada ou precisa de orientação personalizada, envie uma mensagem e agende uma consutla
A guarda compartilhada, embora seja a regra geral, precisa ser avaliada cuidadosamente para determinar se é a melhor opção para a família em questão.
Considerar o bem-estar da criança e a capacidade dos pais de cooperar são aspectos essenciais nesse processo.
Artigo originalmente publicado em: https://draamandapereira.com.br/?p=463