Essa é uma dúvida comum em muitos casais que pretendem se separar.
A grande verdade é que em razão do trabalho invisível de se criar uma criança, a guarda fica com a mãe.
Essa decisão é baseada no princípio do melhor interesse da criança.
Distraught teenage son in sweater suffering from parents conflict: he keeping eyes closed and plugging in ears with fingers while his nervous parents fighting in background
A guarda compartilhada é uma regra geral na legislação brasileira, pois ela determina que as decisões da vida da criança devem ser tomadas por ambos os genitores.
Mas na prática não é o que acontece, o genitor guardião acaba por ter um empenho e um peso maior nas decisões.
A guarda compartilhada não implica necessariamente que a criança precise passar o mesmo tempo exato com ambos os genitores, mas sim que ambos têm responsabilidades em relação à tomada de decisões importantes e ao direito de convivência.
Caso os pais não cheguem a um acordo sobre a guarda, a decisão pode ser levada ao sistema judiciário. O juiz irá considerar diversos fatores, incluindo:
Idade da Criança: pois o momento de vida da criança é um fator relevante para decidir com quem ela deve morar e quais alterações em sua rotina podem ou não ser feitas.
Capacidade de Cada Genitor: A capacidade de cada genitor em prover cuidados adequados, estabilidade emocional e suporte financeiro.
Vontade da Criança: Em casos nos quais a criança tem idade suficiente para expressar sua opinião, o juiz pode levar em consideração seus desejos, embora essa não seja a única consideração.
Relação com Ambos os Pais: A qualidade da relação da criança com cada genitor é um aspecto importante, pois como a lei determina que a decisão seja pelo melhor interesse da criança, ela deve ficar com o genitor que tem mais convivência e laços afetivos.
Disponibilidade para Cooperação: A disposição dos genitores para cooperar entre si em questões relacionadas à criança. Mas, aqui exige uma atenção melhor, pois apesar da mãe (na grande maioria dos casos) ter melhor condição de garantir o bem estar da criança, o pai pode e deve ser incluído na rotina e nas responsabilidades.
Histórico de Cuidados: O histórico de envolvimento de cada genitor nos cuidados e na vida da criança.
É importante destacar que cada caso é único, e a decisão sobre a guarda pode variar com base nas circunstâncias específicas.
Você e sua advogada devem definir uma estratégia de acordo com o seu interesse para que a guarda seja definida da melhor forma possível e de acordo com o seu objetivo.
A guarda compartilhada é incentivada, mas, em situações nas quais não é possível ou não é considerada no melhor interesse da criança, a guarda unilateral pode ser estabelecida, atribuindo a guarda a um dos genitores.
Se você enfrenta desafios relacionados à definição da guarda e das responsabilidades de cada genitor na separação e deseja orientação, estou disponível. Basta agendar a sua consulta para que analisemos o seu caso!
Artigo originalmente publicado em: https://draamandapereira.com.br/?p=480