Foram 75 anos para que a Mulher-Maravilha ganhasse um filme solo. Da mesma maneira, este foi o tempo para que Patty Jenkins marcasse seu nome na história do cinema como a primeira mulher a assumir a direção de uma produção direcionada a uma super-heroína.
Sendo assim, o filme da DC Comics escalou a israelense Gal Gadot como uma guerreira imbatível, mas que não dosa bem o seu poder com falta de conhecimento a respeito da natureza humana. A princesa das Amazonas, Diana, nasceu para Guerra, só que fica pasma diante do horror de um campo de batalha.
Quando o piloto Steve Trevor sofre um acidente e cai na Ilha das Amazonas encontra um grupo que não tem conhecimento dos 25 milhões de mortos de “A Guerra das Guerras”, historicamente a 1ª Guerra Mundial. Com o pensamento de acabar com todos os conflitos, Diana encara uma jornada de descobertas, aprendizados e reflexão sobre sua verdadeira missão.
O que Mulher-Maravilha pode trazer para o mundo do direito?
Situado em Londres, na Inglaterra, no fim da década de 1910, Diana encontra um mundo em que a sua condição de mulher impede que o seu conhecimento e sequer a sua voz fossem levados a sério.
Em uma reunião, ela necessita que um homem interfira a seu favor para que possa demonstrar todo o seu domínio da situação, ao mesmo tempo em que nenhum dos outros presentes tinha ideia de como desvendar o mistério.
Apesar de se tratar de um filme de heroína e de um contexto histórico, a mentalidade machista ou qualquer tipo de abuso para com uma mulher sempre deve ser combatido.
No Brasil, a criação da Lei Maria da Penha, em 2006, representou um divisor de água, concedendo ao Estado, as forças policiais e, sobretudo, a mulher, formas sólidas para impedir e punir qualquer ato de violência.
Tanto que a Organização das Nações Unidos (ONU) classificou a legislação brasileira como uma das três melhores do mundo no que se refere ao combate ao abuso contra as mulheres.
Situação de Guerra Declarada
Apesar de o episódio histórico ter ocorrido há um século, a situação de Guerra Declarada e o desrespeitado com os direitos de cada cidadão, independente de sua nacionalidade, etnia, religião e cultura, seguem extremamente em voga nos dias de hoje.
Com conflitos no Oriente Médio mostrados praticamente todos os dias nos veículos de comunicação e crise dos refugiados na Europa, Mulher-Maravilha coloca uma lupa nesta delicada situação.
Afinal, existem medidas para que o mínimo de humanidade continue mesmo no campo de batalha, infelizmente o que nem sempre ocorre. Direitos Humanos e até mesmo as organizações internacionais, como, por exemplo, a Cruz Vermelha, são algumas das raras maneiras de levar o mínimo de dignidade para um estágio tão indigno quanto as zonas de conflito.
Essas resoluções não apenas asseguram proteção para as equipes médicas na linha de frente, bem como permitem que as vítimas de doenças, ferimentos e fome sejam reduzidas.
A maioria destas determinações foi reunida na Convenção de Genebra, aceita por 180 nações, inclusive o Brasil. Em 1998, uma reunião diplomática deu origem ao Estatuto de Roma. Consequentemente, o estatuto conduziu a elaboração do Tribunal Penal Internacional, em 2002, para julgar violações civis e em locais de conflitos ao redor do mundo.