Homem-Aranha e as lições que podem ser associadas ao mundo jurídico


18/07/2017 às 10h56
Por André Arnaldo Pereira

Recentemente, o novo filme “Homem Aranha: De Volta ao Lar” estreou nos cinemas brasileiros, dando continuidade à história de um Peter Parker de 15 anos, vivido pelo ator Tom Holland, após a sua apresentação em Capitão América: Guerra Civil.

O grande diferencial deste filme é o seu contexto em uma realidade em que os heróis fazem parte da sociedade e todos precisam se ajustar à presença de super poderes, vilões, invasores de outros planetas e também à exploração da tecnologia extraterrestre.

Neste cenário, parte dos Vingadores continua protegendo o mundo oficialmente, sobretudo, pela figura de Tony Stark (Homem de Ferro), enquanto que o Capitão América é visto como um foragido. Na trama, Peter Parker volta sua rotina em Nova Iorque, mas não está mais tão satisfeito.

Entediado ao resolver pequenos crimes nas proximidades de sua casa, ele tenta chamar a atenção de Tony Stark para se tornar realmente um Vingador. A sua missão ganha novas proporções ao lidar com o Abutre, que está realizando crimes por toda a cidade e vendendo armas alienígenas ilegalmente.

Com Vingadores, mundo do Homem-Aranha tem regras diferenciadas

Desde os primeiros minutos, é possível notar que os Vingadores são os grandes ídolos dos adolescentes, inclusive do jovem Aranha. Por isso, as regras neste “mundo” também são ligeiramente diferentes e acabam por determinar a sorte do vilão.

Na primeira cena do filme, o vilão Abutre é apresentado como um empresário que fez acordo com a Prefeitura de Nova Iorque para realizar a limpeza e a reciclagem de todos os escombros gerados pela grande batalha de Nova Iorque. No entanto, pessoas mais poderosas aparecem e tomam o seu negócio, sem apresentar qualquer explicação ou ressarcir o seu prejuízo.

Vale ressaltar que o sujeito, antes de se tornar um criminoso, havia colocado todos os seus recursos para atender as exigências (caminhões, equipamentos, pessoal, etc) para assumir o trabalho, mas todo o seu esforço foi em vão.

Além disso, o próprio Homem-Aranha quebra algumas leis em sua ânsia por controlar o Abutre e resolver pequenos crimes. Por mais que a intenção seja boa, o jovem herói invade propriedades particulares, destrói patrimônio público e privado, interfere no trabalho das autoridades e até entra na mira da Polícia em determinada situação.

Em um ponto chave do filme, Peter Parker tenta resolver tudo por conta própria e atrapalha uma operação enorme do FBI, fazendo com que os criminosos saiam impunes e que as provas sejam praticamente perdidas.

Homem-Aranha é herói ou vilão?

Com ameaças espaciais e muito além da capacidade habitual da polícia, a ideia de contar com o apoio de pessoas com poderes extraordinários é bastante válida. Principalmente, quando heróis e as autoridades estão trabalhando de forma alinhada e em prol da população.

Neste contexto, o Homem-Aranha é, sem sombra de dúvida, um herói. Além disso, a sua iniciativa como “amigo da vizinhança” ao salvar animais, ajudar pessoas perdidas e resolver pequenos casos do dia a dia sem causar danos a terceiros é essencial para repassar conceitos de cidadania e ajuda ao próximo a todos os seus fãs. 

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André Arnaldo Pereira

Advogado - Santa Rosa, RS


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