O novo governo, capitaneado por Michel Temer, está tomando novas direções com relação á política externa, antes aberta apenas a países que rezavam pela mesma cartilha petista. A partir das novas posições, embora não sejam relegados a segundo plano, sabem de cena os países com regimes ditatoriais ou voltados para um socialismo bolivariano e entram no palco potências que possam estabelecer as parcerias necessárias para a retomada do crescimento.
Um dos pontos essenciais da política externa do novo governo é a regência da diplomacia e do relacionado através dos valores do Estado, eliminando-se os interesses de partidos.
Diplomacia refletindo os valores da sociedade
Dessa forma, a diplomacia volta a apresentar os valores mais legítimos da sociedade brasileira, trazendo à frente os interesses econômicos que possam favorecer o Brasil como um todo, não apenas as conveniências e as preferências ideológicas de um partido político e de seus aliados no exterior, como vinha acontecendo.
Seguindo por esse caminho, o que o governo pretende mostrar é a defesa das liberdades e dos direitos humanos nos países parceiros, mesmo que não tenham o mesmo regime político, respeitando o princípio de não ingerência.
Durante os governos comandados pelo Partido dos Trabalhadores, nosso país perdeu muito tempo com ações políticas em países como a Argentina e a Venezuela, que comungavam com a visão petista para o estabelecimento de um regime mais voltado para o socialismo, o que fez com que o governo deixasse de lado acordos internacionais que ampliassem as relações comerciais e o livre comércio.
A nova visão diplomática vem trazer uma mudança positiva, com novos acordos que estão já sendo negociados com os principais países do mundo, como União Europeia, Estados Unidos e Japão, entre outros, sem esquecer os BRICS, procurando integrar o mercado num movimento financeiro estimado em 44 trilhões de dólares, cifra da qual o Brasil não pode prescindir, principalmente nesta fase de retomada do crescimento.
Incertezas x oportunidades
Desde alguns anos, o mundo todo está passando por uma fase de incertezas na economia, mas, mesmo assim, existem oportunidades para o crescimento e desenvolvimento das relações comerciais.
As políticas mantidas até antes do atual governo deixaram o Brasil numa situação desfavorável perante o comercio internacional, reduzindo a participação brasileira e essa retomada de posição, visando manter melhores contatos e melhor relacionamento trazem um novo caminho para nossa economia, haja vista a participação do governo na reunião do G-20.
A busca de saída da crise econômica estabelecida durante o governo PT passa pelo mercado internacional e o Brasil não pode deixar passar a oportunidade.
Com o final de uma fase em que o PT dominou a condução da política externa brasileira, o Brasil volta a manter o foco nas relações bilaterais com países mais desenvolvidos, criando boas consequências em médio prazo, como o retorno do multilateralismo e a aproximação mais intensificada com os Estados Unidos, que até o presente consideram o Brasil como uma espécie de protetorado.
Diante dessa situação, o Mercosul e todas as suas incongruências deverá ficar relegado a segundo plano, até que a situação política de países como Venezuela, Equador e Paraguai tenha melhor definição.